quarta-feira, 6 de setembro de 2017

É NATAL...
Jesus Cristo nasceu, rendei-Lhe glória! Cristo desceu dos céus, correi para Ele! Cristo está sobre a terra, exaltai-O! 
“Cantai ao Senhor, terra inteira.
Alegria no céu; terra, exulta de alegria!” (Sl 96,1.11).
Do céu, ele vem habitar no meio dos homens; estremecei de temor e de alegria: de temor, por causa do pecado; de alegria, por causa da nossa esperança.
Hoje, as sombras se dissipam
e a luz se eleva sobre o mundo;
como outrora no Egito envolto em trevas, hoje uma coluna de fogo ilumina Israel.
O povo, que estava sentado nas trevas da ignorância, contempla hoje essa imensa luz do verdadeiro conhecimento
porque “o mundo antigo desapareceu,
todas as coisas são novas” (2 Co 5,17).A letra recua, o espírito triunfa (Rm 7,6);a prefiguração passa, a verdade aparece (Col 2,17).
Aquele que nos deu a existência
quer também inundar-nos de felicidade; essa felicidade que o pecado nos havia feito perder, a incarnação do Filho nos devolve…
Tal é esta solenidade: saudamos hoje a vinda de Deus ao meio dos homens
para que possamos, não chegar
mas regressar para junto de Deus;
a fim de que nos despojemos do homem velho e nos revistamos do Homem novo (Col 3,9),
a fim de que, mortos em Adão,
vivamos em Cristo (1 Co 15,22)…
Celebremos pois este dia, cheios de uma alegria divina, não mundana, mas uma verdadeira alegria celeste.
Que festa, este mistério de Cristo!
Ele é a minha plenitude, o meu novo nascimento.

São Gregório Nazianzeno (330-390)


Antes do nascimento de Jesus Cristo havia uma expectativa geral pelo Salvador. Os judeus aguardavam Sua chegada, baseados nas profecias; os pagãos estando em desgraça pela descrença e depravação geral do caráter, também aguardavam com impaciência pelo Libertador. Todas as profecias referentes aos tempos da encarnação do Filho de Deus foram cumpridas. O Patriarca Jacó profetizou, que o Salvador virá quando o cetro se apartar de Judá (Gen. 49:10). O profeta Daniel profetizou, que o Reino do Messias chegará nas setenta semanas (490 anos) após a declaração do decreto sobre a restauração de Jerusalém, no período do poderoso reino pagão, o qual será tão forte quanto o ferro (Dan. 9:24-27).
E de fato, ao final das setenta semanas de Daniel, a Judéia ficou sob o domínio do potente império Romano e o cetro passou de Judá para Herodes, pela origem. Veio o tempo de Cristo chegar. As pessoas, tendo se afastado de Deus, começaram a divinizar os bens terrestres, as riquezas e glórias do mundo. O Filho de Deus rejeitou esses ídolos insignificantes assim como o fruto do pecado e impetuosidades humanas e achou por bem vir ao mundo nas mais modestas condições.
Os acontecimentos da Natividade são descritos por dois evangelistas – o apóstolo Mateus (dos 12) e Lucas (dos 70 discípulos). Visto que o evangelista Mateus escreveu seu Evangelho para os hebreus, ele colocou para si o objetivo de provar, que o Messias descende dos antepassados de Abraão e do rei Davi, conforme foi profetizado pelos profetas. Por isso o evangelista Mateus inicia sua narrativa sobre a Natividade de Cristo com a genealogia (Mat. 1:1-17).
Sabendo que Jesus não era filho de José, o evangelista não diz que José gerou, mas sim, que Jacó gerou José, o marido de Maria de Quem nasceu Jesus, chamado de Cristo. Mas por que então ele cita a genealogia de José, e não a de Maria? Acontece que os hebreus não tinham o costuma de conduzir a genealogia pela linha feminina. A lei deles ordenava que o homem tomasse infalivelmente uma esposa da mesma descendência a que ele pertencesse. Por esta razão o evangelista não se desviando do costume, cita a genealogia de José, mostrando que Maria – é a esposa de José, e, conseqüentemente também nascido Dela descendem da mesma clã de Judá e ancestrais de Davi.
Tendo sido informada pelo Arcanjo Gabriel de que Ela foi escolhida para ser a Mãe do Messias, a Virgem Santíssima que se casara recentemente com José, partiu ao encontro de Elizabeth. Já se passavam quase três meses da boa nova do Anjo. José que não havia sido iniciado neste mistério, notou Seu estado; Sua aparência externa podia ser pretexto para o pensamento da infidelidade Dela; ele poderia acusá-La publicamente e submetê-La a uma severa punição, instituída pela lei de Moisés, mas por sua bondade, não quis tomar medidas tão drásticas. Após longos vacilos, ele decidiu deixar sua esposa ir embora secretamente, não fazendo nenhum alarde, entregando-Lhe uma carta de separação.
Porém um Anjo apareceu-lhe em sonho e anunciou que a noiva que o esposou iria ter um filho por obra do Espírito Santo, e que ao Filho que Ela daria a luz seria dado o nome de Jesus (Ieshua), ou seja, Salvador, pois, Ele irá salvar Seu povo dos seus pecados. Por isso "não temas tomar Maria por tua esposa!" – José reconheceu este sonho como inspiração do alto, obedeceu e aceitou Maria por esposa, porém "não A conheceu," ou seja, viveu com Ela não como marido e mulher, e sim como irmão e irmã, ou antes, julgando a enorme diferença de idade, como pai e filha. Narrando a esse respeito, o evangelista acrescentou por si mesmo: "por isto, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma Virgem conceberá e dará à luz um Filho, e O chamará Emanuel" (Isa. 7:14). O nome "Emanuel" significa "Deus conosco." Aqui Isaías não está chamando Aquele que nasceu da Virgem de Emanuel: ele diz que Ele será chamado assim pelas pessoas. Este não é propriamente o nome Do Nascido da Virgem, mas apenas a indicação profética para o fato de que, na face Dele estará Deus.
O Santo evangelista Lucas anota que o tempo da Natividade de Cristo coincidiu com o censo dos habitantes do império Romano, o qual foi realizado conforme o comando de César Augusto, isto é, o imperador romano Otaviano, que recebeu do senado o título de Augusto – "sagrado." O edital sobre o censo foi publicado no ano 746 da fundação de Roma, mas na Judéia o censo começou aproximadamente em 750, nos últimos anos do reinado de Herodes, chamado o grande.
Os hebreus avaliavam sua genealogia de acordo com a descendência e origem. Esse costume era tão forte, que tendo tido conhecimento das ordens de Augusto, eles foram se inscrever cada um na cidade de sua origem. José e a Virgem Maria descendiam, como é sabido, da geração de Davi. Por isso eles tiveram que partir para Belém, chamada cidade de Davi, pois foi ali que ele nasceu.
Assim, pela Providência de Deus, cumpriu-se a antiga profecia do profeta Miquéias, de que Cristo nasceria precisamente em Belém: "Mas tu Belém – Efrata, tão pequena entre os clãs de Judá, é de ti que sairá para Mim Aquele que é chamado a governar Israel. Suas origens remontam aos tempos antigos, aos dias do longínquo passado" (Miquéias 5:1; Mat. 2:6).
Pelas leis romanas, as mulheres em igualdade com os homens eram sujeitadas ao censo universal. Por esta razão José não foi sozinho a Belém para se inscrever; ele foi junto com a Virgem Maria. A jornada inesperada à sua Belém nativa, e além disso, a proximidade do nascimento da Criança, deveriam convencer José de que o decreto de César era uma arma nas mãos da Providência, direcionando para que o Filho de Maria nascesse precisamente ali, onde deveria nascer o Messias Salvador.
Depois da exaustiva jornada, o ancião José e a Virgem Maria chegaram a Belém. Não havia lugar na hospedaria para a futura Mãe do Salvador do mundo, e Ela então, juntamente com Seu companheiro, foi obrigada a se instalar em uma caverna para onde os pastores conduziam o gado quando o tempo estava ruim. Aqui, durante uma noite de inverno, na mais miserável condição, nasceu o Salvador do mundo – Cristo.
Tendo dado à luz ao Filho, a Virgem Santíssima sozinha O enfaixou e colocou na manjedoura. Com estas curtas palavras o evangelista informa que a mãe de Deus deu à luz sem dor. A expressão do evangelista "deu à luz ao Seu Filho primogênito" dá motivos para os incrédulos dizerem que além de Jesus Primogênito, a Virgem Santíssima teve outros filhos, pois inclusive os evangelistas mencionam "os irmãos" de Cristo (Simão, Josias, Judas e Jacó). Mas é preciso lembrar de que pela lei de Moisés (13:2) toda criança do sexo masculino era chamada de "aquele que descerra as entranhas," ou seja, era chamado de primogênito mesmo sendo o último. Assim sendo, os "irmãos" de Jesus mencionados no Evangelho não eram Seus irmãos verdadeiros e sim apenas parentes, pois, eram os filhos de José e de sua primeira esposa Salomé, e também as crianças de Maria esposa de Cleophas, a qual o Evangelista João denomina de "irmã de Sua Mãe." Em todo caso, todos eles eram muito mais velhos do que Cristo e sendo assim, jamais poderiam se filhos da Virgem Maria.
Jesus Cristo nasceu de noite, quando todos, em Jerusalém e imediações, dormiam profundamente. Apenas os pastores não dormiam, pois, cuidavam do rebanho que lhes era confiado. A essas pessoas modestas, trabalhadoras e sobrecarregadas, um Anjo apareceu com a feliz notícia do nascimento do Salvador do mundo. A luz resplandecente que rodeava o Anjo em plena escuridão noturna, assustou os pastores. Mas o Anjo imediatamente os tranqüilizou dizendo: "não tenham medo! Eu lhes anuncio uma imensa alegria, a qual será para todas as pessoas: pois nasceu o Salvador na cidade de Davi, o Qual é o Cristo Senhor." Com estas palavras o Anjo fez entender o verdadeiro desígnio do Messias Que veio não somente para os hebreus, mas para todas as pessoas, pois "a alegria será para todos" aqueles que O aceitarem como Salvador.
O Anjo explicou aos pastores que eles encontrariam o Cristo Senhor nascido enrolado em faixas, deitado em uma manjedoura. Mas por que o Anjo não anunciou o nascimento de Cristo aos hebreus anciãos, aos escriturários e fariseus, e não os chamou também para venerarem a Criança Divina? Foi porque esses "líderes cegos dos cegos "deixaram de entender o verdadeiro significado das profecias sobre o Messias e devido ao seu orgulho, imaginavam que o Libertador prometido iria surgir em pleno esplendor de um majestoso rei-conquistador e subjugar o mundo inteiro. Um modesto pregador da paz e do amor aos seus inimigos lhes era inadmissível.
Os pastores não duvidaram de que o Anjo lhes fora enviado por Deus, e por esta razão foram dignos de ouvirem o triunfante hino celestial: "Glória a Deus nas alturas, e paz na terra, e boa vontade entre os homens!" Os Anjos glorificam a Deus, que enviou o Salvador para o mundo, pois a partir daí, a paz da consciência foi restaurada e foi eliminada a inimizade entre o Céu e a terra, que surgiu em consequência do pecado.
Os Anjos se afastaram, e os pastores apressadamente partiram para Belém, encontraram a Criança deitada numa manjedoura, e foram os primeiros a venerá-La. Eles contaram a Maria e a José sobre o acontecimento que os trouxe ao berço de Cristo; contaram o mesmo também a outras pessoas, e todos que ouviam sua história ficavam admirados. "Maria conservava todas estas palavras, meditando-as no Seu coração," isto é, Ela guardou na memória tudo aquilo que ouviu. Quando o Evangelista Lucas descreveu a Anunciação do Arcanjo Gabriel, o nascimento de Cristo e outros acontecimentos, (Luc., cap.2), evidentemente escrevia baseado nas palavras Dela.
No oitavo dia a Criança foi circuncidada, conforme era prescrito pela Lei de Moisés. Provavelmente logo após o Nascimento, a Sagrada Família mudou-se da gruta para uma casa, pois para a maioria dos que chegavam a Belém, após a inscrição não havia necessidade de permanecerem ali.
Folheto Missionário número P31
Copyright © 2001Holy Trinity Orthodox Mission
466 Foothill Blvd, Box 397, La Canada, Ca 91011
Editor: Bishop Alexander (Mileant)
Nossos agradecimentos
Traduzido por Olga Dandolo


Vendo o Advento se aproximar... Eis o Ofício próprio para os Orientais Católicos e Ortodoxos recitarem neste tempo de Jejum e Oração.


 AKATHISTÓS

TROPÁRIO
A ti, Maria, como ao general invencível,
meus cantos de vitória!
A ti, que me livraste de meus males,
ofereço meus cantos de reconhecimento!
Pois que tens uma força invencível,
livra-me de toda espécie de perigos,
a fim de que te aclame:
Ave, Virgem e Esposa.

I Estação: «O Anúncio do Anjo Gabriel»
O mais sublime dos anjos
foi enviado dos céus
para dizer «Ave» à Mãe de Deus.
Vendo-te, Senhor, feito homem
à sua angélica saudação,
deteve-se extasiado diante da Virgem,
aclamando-a assim:
Ave, por ti resplandece a alegria!
Ave, por ti a maldição toda cessa!
Ave, reergues o Adão decaído!
Ave, tu estancas as lágrimas de Eva!
Ave, mistério que excede o intelecto humano!
Ave, insondável abismo aos olhares dos anjos!
Ave, porque és o trono do Rei soberano!
Ave, porque tu governas quem tudo governa!
Ave, ó estrela que o sol anuncias!
Ave, em teu seio é que Deus se fez carne!
Ave, por quem a criação se renova!
Ave, o Criador fez-se em ti criancinha!
Ave, Virgem e Esposa!

  
ANTÍFONA I
Sabendo Maria de ser a Deus consagrada,
assim a Gabriel dizia:
«A tua mensagem é misteriosa aos meus ouvidos
e incompreensível ressoa à minha alma.
De uma Virgem um parto tu anuncias», exclamando:
Aleluia! (3 vezes)
«Maria e o Anúncio do Anjo»
Desejava a Virgem entender o mistério,
e ao divino mensageiro pergunta:
«Poderá uma virgem dar à luz um menino?
– Dize-me!». Com reverência,
o Anjo respondia, cantando assim:
Ave, mistério, vontade inefável!
Ave, ó fé maturada em silêncio!
Ave, prelúdio dos faustos de Cristo!
Ave, sumário do santo Evangelho!
Ave, ó escada sublime por quem Deus nos veio!
Ave, ó ponte que os hímens ao céu encaminha!
Ave, dos Anjos tu és maravilha gloriosa!
Ave, do inferno derrota total contundente!
Ave, que a Luz por mistério geraste!
Ave, que o «modo» a ninguém ensinaste!
Ave, transcendes a ciência dos sábios!
Ave, iluminas a todos os crentes!
Ave, Virgem e esposa!

ANTÍFONA II:
A virtude do Altíssimo
a cobriu com sua sombra
e tornou Mãe a Virgem sem núpcias:
o seio por Deus fecundado
tornou-se campo abundante
para todos aqueles que buscam a salvação
e assim aclamam:
Aleluia! (3 vezes)

«Visita de Maria a sua prima Santa Isabel»
Tendo em seu seio o Senhor,
solícita Maria
visitava sua prima Isabel.
O menino no ventre materno,
ouvindo a saudação, exultou,
e, saltando de alegria,
à Mãe de Deus aclamava:
Ave, ó ramo de planta incorrupta!
Ave, do fruto imortal, colheita!
Ave, cultora do Mestre dos homens!
Ave, ó Mãe de quem deu-nos a vida!
Ave, ó campo veraz que produz muitos frutos!
Ave, ó mesa bem farta de perdões abundantes!
Ave, tu fazes florir as planícies celestes!
Ave, a nós todos preparas um porto seguro!
Ave, ó incenso das preces aceitas!
Ave, purificação do universo!
Ave, bondade de Deus pelos homens!
Ave, ante Deus, dos mortais és audácia!
Ave, Virgem e esposa!

ANTÍFONA III
Com o coração tumultuando
e cheio de dúvidas,
o prudente José se debatia.
Sabe que és Virgem intacta
e suspeita secretos esponsais.
Conhecendo-te Mãe
pela ação do Espírito Santo, exclama:
Aleluia! (3 vezes)


II Estação: «O Anúncio Alegre aos Pastores»

Os pastores ouviram os coros dos anjos
que cantavam ao Senhor feito homem.
Correndo, vão ver o Pastor.
Contemplam o Cordeiro inocente
alimentando-se do seio materno
e à Virgem entoam um canto:
Ave, ó mãe do Pastor e Cordeiro,
Ave, és aprisco da Mística Ovelha,
Ave, preservas do oculto inimigo,
Ave, ó chave das portas celestes.
Ave, por ti congratula-se o céu com a terra,
Ave, por ti, terra e céu, em uníssono cantam,
Ave, do apóstolo, boca jamais silenciosa,
Ave, invencível coragem dos mártires todos.
Ave, da fé inabalável baluarte,
Ave, da graça, fulgente estandarte,
Ave, por ti foi o inferno espoliado,
Ave, nos tens revestido de glória.
Ave, Virgem e esposa!

ANTIFONA IV
Observando a estrela
que a Deus os guiava,
os magos seguiram seu fulgor.
Era lâmpada segura em seu caminho,
que os conduziu ao Rei poderoso.
Chegados ao Deus inatingível,
o aclamam felizes:
Aleluia! (3 vezes)

«A Adoração dos Magos»

Contemplaram os magos, no colo materno,
Aquele que plasmou o homem em suas mãos.
Compreenderam ser ele o seu Senhor,
escondido sob o aspecto de servo.
Solícitos, oferecem-lhe seus dons
e à Mãe aclamam:
Ave, que a estrela perene geraste!
Ave, és aurora do místico dia!
Ave, que a forja do engano extinguistes!
Ave, o mistério de Deus iluminas!
Ave, o tirano inimigo dos homens destronas!
Ave, que o Cristo, mostraste Senhor nosso amigo!
Ave, resgatas do culto selvagem aos deuses!
Ave, teus filhos libertas do ataque do mal!
Ave, que o culto do fogo extinguistes!
Ave, que aplacas o fogo dos vícios!
Ave, que educas o crente a ser casto!
Ave, alegria de todos os povos!
Ave, Virgem e esposa!

ANTÍFONA V
Mensageiros de Deus
tornaram-se os magos
de volta para suas terras.
Cumpriu-se o antigo oráculo
quando a todos falavam de Cristo,
sem pensar no estulto Herodes,
incapaz de cantar:
Aleluia! (3 vezes)

«Fuga para o Egito»
Egito tu iluminas
com o resplendor da verdade,
afugentando as trevas do erro.
À tua passagem os ídolos caíam
não podendo te suportar, Senhor.
E os homens, libertados do engano,
à Virgem aclamam:
Ave, reergues o gênero humano!
Ave, ruína total dos demônios!
Ave, esmagaste a potência enganosa!
Ave, que o logro dos ídolos mostras!
Ave, ó mar que afogou o faraó demoníaco!
Ave, rochedo a saciar os sedentos de vida!
Ave, coluna de fogo a guiar os errantes!
Ave, és abrigo do mundo, mais amplo que as nuvens!
Ave, o maná verdadeiro nos deste!
Ave, nos serves delícias sagradas!
Ave, ó terra por Deus prometida!
Ave, ó fonte do mel e do leite!
Ave, Virgem e esposa!



Simeão, o velho,
já no fim dos seus dias,
estava para deixar a sombra deste mundo.
A ele foste apresentado como Menino,
mas, vendo-te qual Deus poderoso,
admirou o arcano desígnio e exclamava:
Aleluia! (3 vezes)



III Estação: «A Virgindade Fecunda de Maria»
Renovou o Excelso
as leis deste mundo
quando veio habitar entre nós.
Germinado no seio de uma Virgem,
conserva-o intacto como sempre o fora.
Nós, admirados por este prodígio,
à Virgem santa cantamos:
Ave, ó flor da total virgindade!
Ave, protótipo da castidade!
Ave, da ressurreição, claro emblema!
Ave, que a vida dos Anjos revelas!
Ave, frutífera planta, alimento do crentes!
Ave, ó árvore umbrosa que abrigas a muitos!
Ave, teu seio carrega o mentor dos errantes!
Ave, que à luz deste o libertador dos cativos!
Ave, que o justo Juiz nos abrandas!
Ave, perdão do relapso e contrito!
Ave, coragem dos desesperados!
Ave, és amor que preenche os desejos!
Ave, Virgem e esposa!

ANTÍFONA VII
Contemplando o parto milagroso,
e afastados do mundo,
dirigimos a mente para o céu.
O Altíssimo apareceu entre nós
no humilde aspecto humano de um pobre
e eleva ao mais alto da glória
aqueles que cantam:
Aleluia! (3 vezes)

«A Maternidade Divina de Maria para a nossa Salvação»

A Palavra de Deus infinito
habitava na terra
e enchia os céus.
Sua descida amorosa até o homem
não fez mudar sua suprema morada.
Era o divino parto da Virgem
que ele ouvia cantar:
Ave, morada do Deus infinito!
Ave, ó porta do augusto mistério!
Ave, mensagem que inquieta os descrentes!
Ave, ufania e segurança dos crentes!
Ave, veículo santo do Altíssimo Filho!
Ave, mansão gloriosa do Verbo encarnado!
Ave, da virgem e mãe as grandezas reúnes!
Ave, os contrários a um fim tão igual consorcias!
Ave, o pecado de Adão dissolveste!
Ave, por ti foi o céu reaberto!
Ave, ó chave do reino de Cristo!
Ave, esperança dos bens sempiternos!
Ave, Virgem e esposa!

ANTÍFONA VIII
Toda a multidão dos anjos,
admirada, contempla
o mistério de Deus encarnado.
Ao senhor inacessível,
feito homem, admira-o, acessível,
caminhar pelas sendas humanas,
ouvindo cantar:
Aleluia! (3 vezes)

«O Mistério do Parto Virginal de Maria»

Os eloqüentes oradores,
como peixes emudecem
diante de ti, santa Mãe do Verbo.
Não compreendem como foi possível
permanecer Virgem depois de ser Mãe.
Nós, teus devotos, o prodígio admiramos
e com fé proclamamos:
Ave, sacrário da ciência divina
Ave, tesouro da fiel providência
Ave, os sapientes afirmas ignaros
Ave, os loquazes revelas vazios.
Ave, convences de inane a astuciosa palavra
Ave, que tornas sem nexo os criadores dos mitos
Ave, os astutos sofismas dos gregos desfazes
Ave, replenas as redes dos bons pescadores.
Ave, nos livras da imensa ignorância
Ave, iluminas inúmeras mentes
Ave, batel dos que querem salvar-se
Ave, ó porto dos nautas da vida.
Ave, Virgem e esposa!

ANTÍFONA IX
Para salvar o mundo,
o Criador de todas as coisas
quis vir a ele.
Sendo Deus, tornou-se nosso Pastor
e apareceu entre nós como Cordeiro.
Sendo homem, atrai a si os homens
e como Deus ouve cantar:
Aleluia! (3 vezes)



IV Estação: «Maria: Modelo de Pureza e Santidade»

Ó Virgem, Mãe de Cristo,
vindo morar em teu seio,
o divino Criador te fez
o baluarte das virgens
e de quantos a ti recorrem.
Ele nos convida a cantar
em tua honra, ó Ilibada:
Ave, pilar da integral virgindade!
Ave, ó porta de quem quer salvar-se!
Ave, ó mestra das coisas sagradas!
Ave, doadora da Graça Divina!
Ave, dá a vida nova aos nascidos na culpa!
Ave, instrutora das mentes que estavam dispersas!
Ave, tu expulsas aqueles que a mente corrompe!
Ave, ó Mãe de Jesus, semeador de almas castas.
Ave, ó tálamo em núpcias virgíneas
Ave, que os crentes com Deus concilias
Ave, ideal pedagoga das virgens
Ave, que os santos recobres de bênçãos.
Ave, Virgem e esposa!

ANTÍFONA X
É sempre inferior o canto
que presuma engrandecer
as tuas inúmeras virtudes.
Tantos como é a areia da praia
podem ser os nossos hinos, ó Rei Santo,
porém, nunca alcançariam as graças
que destes a quem canta:
Aleluia! (3 vezes
«Maria, Mãe de Quem Nasce a Igreja»
Como tocha luminosa
a iluminar os que jazem nas trevas,
resplandece a Virgem Maria.
Foi ela que acendeu a Luz eterna.
Seu fulgor ilumina as mentes
e é guia à sabedoria divina,
inspirando este canto:
Ave, do místico sol o lampejo!
Ave, ó astro da flama perene!
Ave, ó clarão que iluminas as almas!
Ave, trovão a assustar o inimigo.
Ave, tu fazes luzir esplendor fulgurante!
Ave, transbordas o rio com mil afluentes!
Ave, figura das águas do santo batismo!
Ave, tu lavas as manchas de nossos pecados.
Ave, lavacro que iliba a consciência!
Ave, ó taça que infunde alegria!
Ave, o perfume de Cristo recendes!
Ave, ó vida do sacro banquete.
Ave, Virgem e esposa!


ANTÍFONA XI

Querendo nos perdoar o primeiro pecado,
Aquele que paga as dívidas de todos
busca asilo no meio dos seus trânsfugas,
exilando-se livremente do céu.
Rasgando o antigo rescrito,
ouve cantar:
Aleluia! (3 vezes)
«Maria, Protetora e Auxílio de Todos os Cristãos»
Glorificando o teu parto,
todo o universo te louva
qual tabernáculo vivente, ó Senhora.
Colocando sua morada no teu seio
Aquele que segura tudo em sua mão,
o Senhor, te fez santa e gloriosa,
e nos convida a te louvar:
Ave, ó casa de Deus e do Verbo!
Ave, ó santa mais santa que os santos!
Ave, no espírito, arca dourada!
Ave, infinito tesouro de vida.
Ave, precioso diadema dos reis piedosos!
Ave, louvor glorioso dos pios sacerdotes!
Ave, ó torre inconcussa da Igreja de Cristo!
Ave, tu és baluarte invencível do império.
Ave, troféus por ti conquistados!
Ave, por ti o inimigo é vencido!
Ave, remédio do corpo doente!
Ave, tu és a salvação de minha alma!
Ave, Virgem e esposa!

ANTÍFONA XII
Digna de todo louvor,
Santa Mãe do Verbo,
Santíssimo entre todos os Santos,
recebe, nesse canto, a nossa oferta.
Salva o mundo de todo perigo;
de todos os males e dos castigos futuros
1ivra-nos, a nós que cantamos:
Aleluia! (3 vezes)
E repete-se novamente o tropário:


TROPÁRIO
A ti Maria, como ao general invencível,
meus cantos de vitória.
A ti, que me livraste de meus males,
ofereço meus cantos de reconhecimento.
Pois que tens uma força invencível,
livra-me de toda espécie de perigos,
a fim de que te aclame:

Aleluia! (3 vezes)
peregrinação da paróquia são jorge ao santuário nacional de aparecida-sp
DIAS 25 E 26 DE NOVEMBRO
INFORMAMOS OS NOSSOS LEITORES E SEGUIDORES QUE BREVEMENTE ESTAREMOS POSTANDO AS FOTOS DA DIVINA LITURGIA OCORRIDA DOMINGO DIA 26 NA BASÍLICA MENOR DE APARECIDA.
divina liturgia DOMINGO DIA 26, ás 12:00 horas na basílica (menor) NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA 

PRESIDIDA PELO NOSSO BISPO EPARQUIAL
 DOM JOSEPH GEBARA

A entrada da mãe de deus no Templo.
21 de novembro

Quando a Virgem Maria completou 3 anos, os seus beneméritos pais prepararam-na para cumprir a promessa fixada por eles: levaram-na a um templo em Jerusalém para que Ela pudesse dedicar a Sua vida a Deus. A Virgem Maria ficou a residir junto ao templo. Aí, Ela e outras companheiras estudavam as leis de Deus e executavam trabalhos manuais, rezavam e liam as Escrituras Sagradas. Junto a este templo a Virgem Maria viveu perto de 11 anos, cresceu, desenvolvendo em si uma profunda compaixão, em tudo entregue à vontade de Deus, imensamente modesta e dedicada em seus esforços. Desejando viver e dedicar-se exclusivamente a Deus, ela fez um voto de não se casar e permanecer para sempre virgem.
Hoje é o prelúdio da benevolência de Deus
e a proclamação preliminar da salvação dos homens.
A Virgem apresenta-se com esplendor no Templo de Deus
e antecipadamente anuncia Cristo a todos.
A ela nós também clamamos em alta voz:
"Salve , ó realização da economia do Criador!"


O templo puríssimo do Salvador, a Virgem,
a preciosíssima câmara nupcial,
o sagrado tesouro da glória de Deus
é apresentada hoje à Casa do Senhor,
introduzindo com ela a graça do Espírito Divino.
Os anjos de Deus a louvam clamando:
"Esta é o tabernáculo celeste!"

Muro das Lamentações, lugar de orações e de depositar esperanças
 Arquimandrita João no Muro das Lamentações
 


Monastério Ortodoxo Grego São Gerássimo
A 2 km do rio Jordão, no deserto de Deir Hajlah, encontramos o Mosteiro de São Gerásimo, do nome de quem o construiu no século IV depois de Cristo, um dos mais antigos mosteiros da Palestina. A comemoração do santo se realiza todos os anos no dia 4 de março. De acordo com fontes da Igreja, São Gerásimo morreu aqui em 479 depois de Cristo. Por um dia inteiro o arquimandrita João passou num retiro espiritual. Domingo dia 29 de outubro.



“É um dos muitos mosteiros no deserto de Judá. A vida monástica no deserto começou no terceiro século depois de Cristo, e se difundiu até o Sinai, isto é no deserto, porque muitas pessoas queriam adorar o Senhor, deixar a vida material e dedicar-se à vida espiritual. Esta é uma das celas ou claustros que foram construídas naquele tempo, para que os monges pudessem se reunir para a oração ou para as refeições. A importância do lugar reside no fato de que a cabeça deste mosteiro foi São Gerásimo”.

No interior do mosteiro, há uma pequena capela, construída no tempo dos apóstolos em uma gruta, que se acredita tenha abrigado a Virgem Maria, São José e o Menino Jesus durante a sua viagem da Palestina para o Egito para escapar de Herodes. A capela está agora localizada sob a igreja principal do mosteiro. É composta por três naves, e foi construída para recordar os santos que viviam como eremitas no deserto do Mar Morto.
 SAMI GHRAIEB
Guia turística









Num certo dia em que o  santo se encontrava às margens do Jordão, aproximou-se dele, mancando dolorosamente, um leão. Gerásimo examinou sua pata ferida, extraiu dela um pontiagudo espinho, lavou e fechou a pata da fera. Desde então, o leão saiu mais de perto do santo, e era tão dócil como qualquer outro animal de estimação. No monastério havia um burro que os monges se valiam dele para buscar água, e o leão era posto então para protegê-lo enquanto pastava. Num certo dia, alguns comerciantes árabes roubaram o pobre asno, e o leão teria voltado só para o monastério com os olhos muito tristes. O abade lhe disse, então: «Tu comeste o asno? Bendito seja Deus por isso! Mas, a partir de agora, farás o seu trabalho». O leão tinha de transportar água para a comunidade. Pouco tempo depois os mercadores árabes retornaram com o burro e três camelos; o leão lhes pôs em fuga e, segurando entre suas presas o cabresto do asno, o conduziu triunfalmente ao monastério junto com os camelos. São Gerásimo reconheceu seu erro e deu ao leão o nome de Jordânia. Quando o velho abade morreu, o leão estava inconsolável. O novo abade disse: «Jordânia, nosso amigo deixou-nos órfãos para ir se ao encontro do Senhor a quem ele servia, mas tu precisas continuar comendo». Mas o leão continuou rugindo tristemente. Finalmente o abade, chamado Savácio conduziu o leão até a tumba Gerásimo e, ajoelhando-se ao seu lado, disse: «Aqui está sepultado o teu mestre». O leão deitou-se no túmulo e começou a bater a cabeça contra o chão, ninguém conseguiu tirá-lo de lá e, alguns dias depois, foi encontrado morto






Em Jericó a "árvore de Zaqueu"








NO CORAÇÃO DA GALILÉIA.


Santa Missa em Nazaré 















Emocionante encontro do Arquimandrita João com D. Pierre (Boutros) Mouallem. Arcebispo Emérito de Haifa e Galileia, que por oito anos foi arcebispo para todo o Brasil e que em 1994 ordenou sacerdote o Arquimandrita João.



 Amanhecendo em Tiberíades




 Santa Missa durante a travessia no Mar da Galileia


















Na Sinagoga de Cafarnaum




Na Igreja "Mensa Christ" 


 Sobre as águas do lago da Galileia


 Encontro com o nosso Patriarca Emérito Gregórios III

Momento de Oração no Rio Jordão







Santa Missa mo Monte Tabor 











No domingo passado dia 26 o Arquimandrita João presidiu a Santa Missa na Basílica de São Pedro no Vaticano; celebrada no Rito Romano o evento se deu na Capela da Apresentação da Virgem Maria no Templo onde repousam os corpos dos Papas: São Pio X, de sua devoção e Bento XV que exatos 100 anos no mês de outubro criou a Congregação para as Igrejas Orientais. A tarde visitou a Paróquia Greco Melquita em Roma: "Basílica de Santa Maria in Cosmedin", uma igreja do século VIII, onde repousa uma relíquia muito especial; a cabeça do mártir São Valentim, patrono dos namorados. Tais eventos fizeram parte da sexta peregrinação á Itália e quinta á Terra Santa.

























 










 Na companhia de alguns paroquianos











Visita a Assis. Santa Missa em Cássia e São Giovanni Rotondo - Padre Pio






Arquimandrita João e Irmã Waldete




























































 As irmãs agraciadas pelo sorteio da vigem realizado pela Paróquia; Lucia Helena e Patrícia.




 Comunicamos que o arquimandrita João retornará as atividades normais após sua peregrinação á Itália e Terra Santa de 17 a 30 de outubro com Divina Liturgia aos Domingos 09:00 e 19:00 horas, aos Sábados ás 19:00 horas com a Oração das Vésperas e Matinas meia hora antes de cada Liturgia. Atendimento Pastoral e Confissões toda terça, quinta e sextas feiras das 08:00 ás 17:00 na quarta feira até ás 12:00 com o início da Adoração ao Santíssimo Sacramento das 12:00 ás 17:00 horas. Sempre com a igreja aberta.




12 DE OUTUBRO 
FESTA NACIONAL DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
"APARECIDA"
...Ó imaculada Mãe de Deus,
sempre vivente com o Rei da vida e Filho vosso, rezai sem cessar para que seja conservada e salva, de toda insídia do adversário a multidão dos vossos filhos, que formam esta grande Nação, pois nós estamos debaixo do manto da vossa proteção
e vos glorificamos por todos os benéficos espirituais e temporais.
 ATRAVÉS DOS GUARDIÕES DA PADROEIRA RECEBEMOS UMA RÉPLICA DA IMAGEM ORIGINAL PARA SER VENERADA EM NOSSA PARÓQUIA





 














Papa no Pontifício Instituto Oriental, esta manhã dia 12 de outubro
Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco visitou, na manhã desta quinta-feira (12/10), o Pontifício Instituto Oriental por ocasião do centenário dessa instituição e da Congregação para as Igrejas Orientais.

Na mensagem entregue ao grão-chanceler do Pontifício Instituto Oriental, Cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, o Papa saudou toda a Comunidade Acadêmica do Pontifício Instituto Oriental, recordando o Papa Bento XV que o fundou, em 15 de outubro de 1917, poucos meses depois da instituição da Congregação para as Igrejas Orientais com o Motu Proprio Dei Providentis.
Bento XV
Não obstante estivesse em andamento, naquele período, a I Guerra Mundial, “Bento XV reservou às Igrejas Orientais uma atenção especial”.
“Para essa fundação, o Pontífice fez referência à abertura ao Oriente iniciada no Congresso eucarístico de Jerusalém de 1893, desejando criar um centro de estudos que deveria ser uma sede idônea de estudos superiores sobre as questões orientais, destinada a formar também sacerdotes latinos que quisessem exercer o sagrado ministério junto aos Orientais.”
Desejava-se desde o início que esse centro de estudos fosse aberto também aos Orientais unidos e ortodoxos, de maneira tal que se procedesse contemporaneamente à exposição das doutrinas católica e ortodoxa. “Assim, o fundador colocou a nova instituição num horizonte que podemos dizer hoje eminentemente ecumênico”, frisou o Papa Francisco.
Beato Alfredo Ildefonso Schuster
Para resolver os problemas iniciais do Instituto, Pio XI, acolhendo a sugestão do primeiro diretor, o Beato Alfredo Ildefonso Schuster, em 1922, decidiu confiar a estrutura à Companhia de Jesus e sucessivamente atribuiu ao Instituto sua sede, aberta em 14 de novembro de 1926, perto da Basílica de Santa Maria Maior, onde o Papa celebrou a missa esta manhã por ocasião do centenário dessa instituição.
Em 1928, com a Encíclica Rerum Orientalium, sobre a promoção dos estudos orientais, Pio XI convidou os bispos a enviar estudantes ao Pontifício Instituto Oriental. Outras novidades relevantes, lê-se na mensagem, são em 1929, a fundação do Colégio Russicum, e em 1971, a criação da Faculdade de Direito Canônico Oriental.
Pesquisa científica
“A história inicial do Pontifício Instituto Oriental foi caracterizada por um certo conflito entre estudo e pastoral. Porém, devemos reconhecer que tal contraste não existe”, sublinha Francisco. O Papa convida “os professores a colocarem a pesquisa científica em primeiro lugar em seus compromissos, seguindo o exemplo dos predecessores que se destacaram na produção de contribuições prestigiosas”.
O Papa Francisco exortou os professores a se manterem abertos a todas as Igrejas Orientais, consideradas não somente em sua configuração antiga, mas também na difusão atual e às vezes na atormentada dispersão geográfica. 
Missão ecumênica
“O Pontifício Instituto Oriental tem uma missão ecumênica a ser cumprida, através do zelo das relações fraternas, do estudo aprofundado das questões que ainda hoje nos dividem e colaboração efetiva sobre temas importantes, na expectativa de que, quando o Senhor quiser e na medida que somente Ele conhece, todos sejam uma só coisa . A este propósito, a presença crescente de estudantes pertencentes às Igrejas Orientais não católicas confirma a sua confiança no Pontifício Instituto Oriental.”
“É tarefa do instituto divulgar os tesouros das tradições ricas das Igrejas Orientais ao mundo ocidental, de modo que sejam compreensíveis e possam ser assimiladas. Graças à pesquisa, ao ensino e testemunho, tem a tarefa de ajudar a reforçar e consolidar a fé diante dos grandes desafios.”
Formação
“Com a queda de regimes totalitários e várias ditaduras, que em alguns países criaram condições favoráveis para o aumento do terrorismo internacional, os cristãos das Igrejas Orientais estão experimentando o drama das perseguições e uma diáspora cada vez mais preocupante. Sobre essas situações ninguém pode fechar os olhos”, ressalta o Papa. 
O Pontifício Instituto Oriental é chamado a ser também “o lugar propício para favorecer a formação de homens e mulheres, seminaristas, sacerdotes e leigos capazes de dar razão à esperança que os anima e sustenta”.
Igreja em saída
“Como porção de Igreja em saída, o Pontifício Instituto Oriental é chamado ouvir e rezar, para entender o que o Senhor deseja neste momento, buscando novos caminhos a serem percorridos. É preciso estimular os futuros pastores a infundir em seus fiéis orientais um amor profundo por suas tradições e rito de pertença, e ao mesmo tempo sensibilizar os bispos das dioceses latinas a cuidarem dos fiéis orientais que se deslocaram geograficamente, garantindo-lhes uma adequada assistência espiritual e humana.” 
Enfim, Francisco deseja que o Pontifício Instituto Oriental “prossiga a sua missão com impulso renovado, estudando e difundindo com amor e honestidade intelectual, com rigor científico e perspectiva pastoral as tradições das Igrejas Orientais em suas variedades litúrgica, teológica, artística e canônica, respondendo cada vez mais às expectativas do mundo de hoje a fim de criar um futuro de reconciliação e paz”.

 O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta segunda-feira (09/10), no Vaticano, os patriarcas e arcebispos maiores que participam da Plenária da Congregação para as Igrejas Orientais, iniciada esta segunda, por ocasião do centenário do dicastério e do Pontifício Instituto Oriental. 
“A solicitude por todas as Igrejas também se manifesta através da comunhão hierárquica com o Bispo de Roma, sucessor de São Pedro. O ser Bispo de Roma é o fundamento do ministério petrino, que é serviço de presidência à caridade e na caridade”, sublinhou Francisco.
O Papa disse estar “convencido de que é preciso impelir e valorizar na Igreja o vínculo que une a colegialidade ao primado petrino, a fim de exercer um ‘primado diaconal’, o de Servus servorum Dei”.
Dentre as tarefas do Sucessor de Pedro, como foi para a eleição do apóstolo Matias, “está a de garantir bons bispos para as Igrejas particulares espalhadas pelo mundo. "Peço-lhes para que colaborem nesse serviço tão importante a fim de encontrar homens adequados para esse ministério”, concluiu o Papa.
(MJ) 


14 DE SETEMBRO 
FESTA DA EXALTAÇÃO DA SANTA CRUZ
Salve, ó Cruz, glória do universo! 
Salve, ó Cruz, fortaleza da Igreja!
Salve, inexpugnável bastião dos sacerdotes! 
Salve, diadema dos reis!
Salve cetro do soberano Criador de todas as coisas!
Salve, ó Cruz, na qual Cristo aceitou padecer e morrer!
Salve, grande consolo dos aflitos, arma invencível no meio da luta!
Salve, Cruz, ornato dos anjos e proteção dos fiéis!
Salve, ó Cruz, pela qual foi o inferno derrotado!
Salve, ó Cruz, pela qual fomos redimidos! 
Salve, lenho bem-aventurado! 
 FRAGMENTO DA PRECIOSA CRUZ VENERADO EM EM NOSSA PARÓQUIA














 Cirilo de Jerusalém, na XIII Catequese, que se realizara provavelmente em 347, diz textualmente:
A Paixão é real: verdadeiramente foi crucificado. E não nos envergonhemos disso. Foi crucificado. E não o negamos; pelo contrário, comprazemo-nos em afirmá-lo. Chegaria a envergonhar-me, se me atrevesse a negar o Gólgota que temos à vista; afastaria dos olhos o madeiro da Cruz que dessa cidade distribuiu-se como relíquias pelo mundo todo.

Reconheço a Cruz, porque conheço a ressurreição. Se o Crucificado tivesse permanecido em tal situação, não reconheceria a Cruz; apressar-me-ia, pelo contrário, em escondê-la, juntamente com meu Mestre. Como após a Cruz vem a Ressurreição, não me envergonho de falar longamente da mesma

Assim como a última, (dormição-15 de agosto) a primeira festa do novo ano litúrgico bizantino é mariana (Nascimento da Mãe de Deus-08 de setembro)
Próprio da Festa da Natividade da Mãe de Deus
Vossa natividade, ó Mãe de Deus,
anunciou a alegria ao mundo inteiro;
Pois de vós  nasceu o sol da justiça, o Cristo nosso Deus,
o qual, abolindo a maldição, nos deu a bênção,
e destruindo a morte, deu-nos a vida eterna.

Pela vossa santa natividade, ó Pura,
Joaquim e Ana foram libertos do opróbrio da esterilidade
e Adão e Eva, da corrupção da morte.
Vosso povo, salvo da escravidão de pecado
vos festeja, exclamando: "a estéril dá a luz,
a mãe de Deus que alimenta nossa vida!
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A vida terrena
da Mãe de Deus
Com base nas escrituras sagradas e na herança histórica da Igreja

O evangelista Lucas, que conheceu de perto a Sagrada Virgem Maria, registrou a partir das palavras Dela, inúmeros fatos importantes relativos aos primeiros anos da Sua vida. O evangelista Lucas era médico e também pintor, tendo pintado uma imagem da Virgem, ícone a partir do qual outros pintores fizeram outras cópias.

O nascimento da Sagrada Virgem Maria. Quando se aproximava o momento do nascimento do Salvador do mundo na cidade de Nazaré, na Galileia, morava aí um descendente do rei David, chamado Joaquim com a sua mulher, Ana. Ambos eram pessoas reconhecidamente de boa índole e eram conhecidos pela sua compaixão, humildade e generosidade. Joaquim e Ana atingiram uma idade muito avançada, mas não tinham filhos. Este fato entristecia-os especialmente. Mas apesar da idade, eles continuavam a orar incessantemente e a pedir a Deus para que Ele lhes concedesse um filho. Para isso fizeram até uma promessa de que se eles recebessem a dádiva do nascimento de um filho, o destinariam para servir a Deus. Naqueles tempos não ter filhos era considerado um castigo divino pelos pecados cometidos. Joaquim em particular sofria muito com a falta de filhos, principalmente porque, de acordo com a as profecias, na sua família deveria nascer o Messias-Jesus. Pela paciência e fé Deus deu a Joaquim e Ana uma grande alegria: finalmente conceberam uma filha e a Ela foi dado o nome de Maria, o que em hebreu significa: "Senhora, Esperança."

 A entrada no Templo. Quando a Virgem Maria completou 3 anos, os seus beneméritos pais prepararam-na para cumprir a promessa fixada por eles: levaram-na a um templo em Jerusalém para que Ela pudesse dedicar a Sua vida a Deus. A Virgem Maria ficou a residir junto ao templo. Aí, Ela e outras companheiras estudavam as leis de Deus e executavam trabalhos manuais, rezavam e liam as Escrituras Sagradas. Junto a este templo a Virgem Maria viveu perto de 11 anos, cresceu, desenvolvendo em si uma profunda compaixão, em tudo entregue à vontade de Deus, imensamente modesta e dedicada em seus esforços. Desejando viver e dedicar-se exclusivamente a Deus, ela fez um voto de não se casar e permanecer para sempre virgem.


A Sagrada Virgem Maria e José. Os já bastante idosos Joaquim e Ana não viveram muito mais tempo e a Virgem Maria ficou órfã. Quando completou 14 anos, Ela não poderia mais continuar, pelas leis, a residir junto ao templo e era necessário que se casasse. O pároco principal, conhecendo o voto por Ela feito, para não o prejudicar, celebrou apenas pró-forma o Seu casamento com um parente distante, que enviuvara na casa dos 80 anos - um ancião de nome José. José comprometeu-se a cuidar Dela e a proteger a Sua condição de Virgem. José vivia em Nazaré. Ele também era descendente da família de David, mas era um homem sem posses e trabalhava como marceneiro. Do seu primeiro casamento José tivera os filhos Judas, Ócio, Simão e Jacób., os quais nas escrituras são denominados "irmãos" de Jesus. A Sagrada Virgem Maria, levava na casa de José a mesma vida modesta e disciplinada que levara antes no templo.

A Anunciação. No sexto mês após a aparição do Arcanjo Gabriel a Zacarias, por motivo do nascimento de São João Baptista, o mesmo Arcanjo Gabriel foi enviado por Deus para a cidade de Nazaré ao encontro da Sagrada Virgem Maria com a feliz notícia que Deus A escolhera para ser a Mãe do Salvador do mundo. O Arcanjo Gabriel surge perante Ela e anuncia-Lhe: "Deus te salve, cheia de graça; o Senhor é contigo. Abençoada és Tu entre as mulheres!" - Ela ao ouvir estas palavras, perturbou-se e começou a pensar que saudação seria esta. O Arcanjo disse-lhe: "Não temas, Maria, pois achaste graça diante de Deus, eis que conceberás no teu ventre e darás a luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Este será grande, será chamado Filho do Altíssimo e o Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David, reinará sobre a casa de Jacob eternamente e o Seu reino não terá fim."
Maria disse ao anjo: "Como se fará isso, pois eu não conheço varão?" Respondendo o Arcanjo disse-lhe: "O Espírito Santo descerá sobre Ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra, por isso mesmo o Santo que há de nascer de Ti, será chamado Filho de Deus. Eis que também Isabel, tua parente, concebeu um filho na sua velhice e este é o sexto mês da que se dizia estéril, porque a Deus nada é impossível." Então disse Maria: "Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em Mim segundo a tua palavra." E o Arcanjo afastou-se dela.


Maria visita Isabel. A Sagrada Virgem Maria, após ter recebido do Arcanjo a notícia que a sua parente Isabel, mulher de Zacarias, daria proximamente à luz um filho, apressou-se a ir visitá-la. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Aconteceu que apenas Isabel ouviu a saudação da Virgem Maria, o menino saltou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo e constatou Que sim, a Virgem Maria fora consagrada para ser a Mãe de Jesus Cristo. Exclamou em voz alta "Bendita és Tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre. Donde a mim esta dita, que a mãe do meu Senhor venha ter comigo?" Então a Virgem Maria disse: "Minha alma glorifica o Senhor, e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador." Porque lançou os olhos para a humilhação da sua serva, portanto eis que de hoje em diante, todas as gerações me chamarão Bem-Aventurada. Porque o Todo-Poderoso fez em mim grandes coisas, o Seu nome é santo. E a sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. A Virgem Maria ficou a morar durante aproximadamente 3 meses junto a Isabel e depois voltou para sua casa em Nazaré.
Deus informou também José do nascimento de Cristo. O anjo de Deus, apareceu-lhe em sonhos e comunicou-lhe que a Virgem Maria iria ter um filho, por obra do Espírito Santo, como Deus já havia avisado através do profeta Isaías (7:14) e ordenou que Lhe fosse dado o nome de "Jesus, nome que em hebraico significa Salvador, porque Ele salvará as pessoas de seus pecados."

Os acontecimentos seguintes relatados pelo Evangelho, recordam a Virgem Maria ligada diretamente aos fatos da vida de seu Filho - Nosso Senhor Jesus Cristo. Os fatos falam Dela quando do nascimento de Cristo em Belém, depois na altura da circuncisão, das saudações dos reis magos, da apresentação no templo no 40o dia, da fuga para o Egito, da residência em Nazaré, da viagem a Jerusalém na Páscoa, quando Cristo completou 12 anos e assim por diante. Estes fatos não necessitam de maiores esclarecimentos. Porém é importante destacar que apesar do Evangelho citar a Virgem Maria sucintamente, estas referências demonstram com clareza aos leitores a grandeza da sua condição espiritual: a Sua modéstia e humildade, a Sua enorme fé, paciência, coragem, aceitação da vontade de Deus e total entrega e dedicação a Seu Filho, Filho de Deus. Nós vemos portanto porque foi Ela, pelas palavras do Arcanjo, contemplada para adquirir a graça de Deus.
O primeiro milagre realizado por Jesus Cristo, foi num casamento na Galileia, o qual nos dá com clareza a imagem da Virgem Maria como Defensora perante Seu Filho de todas as pessoas que se encontram em dificuldades. Percebendo a falta de vinho na festa de casamento, a Virgem Maria chama para este fato a atenção de Seu Filho e, apesar de Cristo lhe ter respondido como se estivesse a esquivar: "O que diz isto respeito a Mim e a Você Mulher? Ainda não chegou a minha hora." Ela, sem se perturbar com esta meia resposta, estando confiante que o Filho não deixaria um pedido Dela sem atenção adequada, disse aos servos: "O que Ele lhes disser, façam!" Como é clara neste alerta aos servos a preocupada compaixão da Mãe de Cristo, para que o iniciado por Ela seja conduzido até um final feliz! De fato, o seu pedido não ficou sem ser atendido e Jesus Cristo realizou aqui seu primeiro milagre, tirando de uma situação constrangedora pessoas que não tinham muitas posses, após o que "acreditaram Nele seus discípulos" (João 2:11).

Os fatos seguintes narrados pelo Evangelho mostram-nos a Virgem Maria, permanentemente ansiosa por Seu Filho, acompanhando as Suas viagens e deslocações, próxima Dele em diversas circunstâncias difíceis e preocupada com as condições do seu repouso doméstico e paz, coisas que Ele nunca aceitava ou considerava como desnecessárias. Finalmente, vemo-La em pé e numa indescritível dor junto ao seu Filho crucificado, ouvindo as suas últimas palavras e pedidos (Cristo entregou-A ao seu discípulo preferido, para que cuidasse dela). Nenhuma palavra de queixa ou desespero sai de Sua boca. Ela entrega tudo à vontade de Deus.
Ainda de forma resumida fala-se sobre a Virgem Maria no livro dos Atos dos Apóstolos, quando sobre Ela e sobre os apóstolos no dia de Pentecostes pousa o Espírito Santo em forma de línguas de fogo. Após este fato, segundo a Tradição da igreja, Ela viveu mais 10 ou 20 anos. O apóstolo João, a pedido de Nosso Senhor Jesus Cristo, acolheu-a em sua casa com grande amor, como se fosse Sua mãe, e cuidou Dela até o Seu final. Quando a fé cristã se espalhou por outros países, muitos cristãos vinham de países distantes para A ver e ouvir. Desta época em diante, a Sagrada Virgem Maria tornou-se para todos os discípulos de Cristo uma Mãe comum e um elevado exemplo de conduta a ser seguido.

O falecimento. Certa vez, quando a Virgem Maria estava a rezar no monte Eleon, perto de Jerusalém, apareceu-lhe o Arcanjo Gabriel com um ramo de figueira em suas mãos e diz-Lhe que dali a 3 dias a Sua existência na Terra estará terminada e que Jesus Cristo virá buscá-la para a levar com Ele. Cristo fez tudo de maneira a que nessa época todos os apóstolos vindos de países diferentes estivessem todos em Jerusalém. No momento do seu final, uma luz intensa iluminou o quarto onde estava a Virgem Maria. Jesus Cristo, rodeado de Seus anjos surgiu e recebeu a Sua alma puríssima. Os apóstolos sepultaram o sagrado corpo da Virgem Maria, de acordo com a Sua vontade, ao pé da montanha Eleon, no Jardim Gethsemani, na mesma caverna-túmulo onde estavam sepultados os corpos de seus pais e também de José. Durante o funeral aconteceram muitos milagres. Apenas por tocarem o caixão da Virgem Maria, cegos começavam a ver, maus espíritos eram expulsos dos possuídos e todas as doenças curadas. Três dias após o funeral da Virgem Maria, chega a Jerusalém, atrasado, o apóstolo Tomé. Tomé estava muito triste porque não conseguira despedir-se da Mãe de Cristo e do fundo da alma desejava orar e prestar homenagens em seu túmulo. Quando abriram a caverna, onde a Virgem Maria havia sido sepultada, não encontraram o Seu corpo, somente os véus utilizados no funeral. Impressionados, os apóstolos voltaram para suas casas. À noite durante as suas orações eles ouviram anjos a cantar. Olhando para cima, os apóstolos viram no alto, no ar, a Virgem Maria cercada de anjos, iluminada por uma intensa luz celestial. Ela disse aos apóstolos: "Alegrem-se, Eu estou com vocês todos os dias!" Esta sua promessa de ajudar e defender os cristãos Ela mantém até os dias de hoje, assumindo-se como nossa Mãe celeste. Em virtude de seu imenso amor e ajuda poderosa, os cristãos desde épocas antigas consideram-Na e procuram-Na em busca de ajuda, chamando-A defensora incansável de todos os cristãos existentes, alegria de todos os que sofrem, Aquela que mesmo após a sua morte, nunca nos abandonará.

Desde os tempos mais antigos, a exemplo do profeta Isaías e de sua parente Isabel, os cristãos passaram a chamá-la de Mãe de Cristo e Mãe de Deus. Esta denominação vem do facto de Ela ter dado vida e corpo Àquele Que sempre foi e sempre será o Deus verdadeiro. A Sagrada Virgem Maria é por si só um grande exemplo para ser seguido por todos os que querem agradar a Deus. Ela foi a primeira quem se decidiu inteiramente a dedicar a sua vida a Deus.
Ela demonstrou que a sua voluntária condição de Virgem está acima da vida em família e do casamento. Seguindo o seu exemplo, a partir dos primeiros séculos, muitos cristãos optaram por viver as suas vidas na castidade, virgindade, em orações, jejum e pensamento em Deus. Assim surgiu e se consagrou a prática dos conventos e mosteiros. Que pensar do mundo contemporâneo, que absolutamente não valoriza e até humilha a virtude da castidade, virgindade, esquecendo as palavras de Cristo: "Há eunucos que a si mesmo se fizeram eunucos por amor do reino dos céus. Quem pode compreender, compreenda!" (Mat.19:1-2) ?!. Resumindo este breve relato da vida terrena da Sagrada Virgem Maria, é necessário dizer que Ela, em Seu momento máximo de graça e alegria, quando foi escolhida para ser a Mãe do Salvador do mundo e também no momento da sua máxima dor aos pés da cruz (conforme profecia de Simeão "Seu coração foi dilacerado") demonstrou total autocontrole. Assim, Ela demonstrou toda a força e beleza de suas bençãos e graças: Fé inabalável, paciência, coragem, esperança em Deus e amor a Êle, aceitação. Por isso nós, cristãos católicos de fé ortodoxa, temos um imenso respeito, admiração e consideração por Ela e esforçamo-nos por imitá-La nos seus exemplos.
 Bispo Aleksandr Mileant

Traduzido por Boris Poluhoff

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